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jueves, 1 de septiembre de 2011

Plan Nacional de Banda Ancha

Com o intuito de levar banda larga à 35,2 milhões de domicílios brasileiros em 4.283 cidades, até 2014, a Telebras pretende oferecer conexão de internet em alta velocidade, a preços bem abaixo dos praticados atualmente. Com incentivos fiscais, será possível atender até 40 milhões de residências, disse Caio Bonilha Rodrigues, presidente da Telebras, em participação no comitê de Tecnologia da Informação e Comunicações (TIC) da Amcham-São Paulo na última quinta-feira (25/08).   A meta é parte do esforço do governo, controlador majoritário da Telebras, de popularizar a internet de banda larga junto às populações de menor renda, previsto no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). “A Telebras é um dos veículos para que sejam aumentadas a cobertura e a velocidade da banda larga, com diminuição de preço”, disse o executivo.
Segundo Rodrigues, a meta preconizada no PNBL é chegar a 35 milhões de residências ao preço médio de R$ 35. “Se esse valor fosse R$ 15, subsidiado, chegaríamos a aproximadamente 40 milhões de casas com banda larga fixa”, estimou.
O governo pretende fazer com que o preço médio da conexão de internet em alta velocidade, que passa pela banda larga, caia para R$ 35, sendo R$ 29 para os estados que aceitarem abrir mão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Com redução tributária, o governo acredita que o preço chegue a R$ 15 mensais. As tarifas médias de banda larga estavam na faixa de R$ 58 em 2010 e R$ 96 em 2009.A atuação da Telebras se concentrará no atacado, fornecendo estrutura de banda larga para que provedores de todos os portes possam levar serviços de internet ao usuário final, desde que respeitadas as condições de comercialização a preços acessíveis.
Chegada a 150 cidades em 2011Neste ano, a Telebras pretende levar sua rede de fibra ótica a 150 cidades, afirma Bonilha. Essa meta será cumprida por meio da ligação de estruturas entre os pontos de presença da Telebras nas cidades e os provedores contratantes. “Alguns provedores que nos contrataram levam seus equipamentos até nosso ponto de presença para atender duas ou três cidades. Dessa maneira, creio que conseguiremos cumprir a meta”, comenta.
A ampliação das redes de banda larga já começou em municípios como Fortaleza, Rio de Janeiro e outros em Goiás. No Rio de Janeiro, a estrutura de banda larga através de fibras óticas deverá estar pronta até a Copa. “A ideia é dar capacidade de banda larga para todas as operadoras, em igualdade de condições, principalmente as de 3G e 4G (tecnologias de telefonia móvel que permitem acesso à internet), que são as grandes consumidoras”, ressaltou.
Competitividade em telefoniaBonilha Rodrigues entende que o PNBL trará mais competitividade ao setor de telefonia ao permitir a entrada de pequenos e médios provedores no mercado. Embora a carência de banda larga seja mais sentida no Norte do País, há bolsões de exclusão também na região Sudeste, a mais desenvolvida. “Existem cidades no interior de São Paulo onde não há competitividade nenhuma em telefonia, pois só contam com um provedor. O consumidor precisa ter mais opções (tanto de qualidade como preço)”, disse, instituindo um movimento que trará mais oportunidades para as empresas de pequeno e médio portes.
Para desenvolver a atividade entre esses provedores, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) disponibilizou um estudo onde mapeou 147 cidades no Brasil que poderiam ser atendidas por pequenos e médios provedores de internet.
“A Telebras ainda está fazendo o planejamento de como chegar a essas localidades”, segundo Bonilha. A estatal não atuará como provedora de banda larga, mas, quando possível, "estabelecerá presença e venderá banda larga para todos os operadores que quiserem ir para essas regiões".

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